sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A pior Michelice da vida!


O povo adora falar. Fala do que sabe e do que não sabe.
Agora a onda do momento é falar sobre o fim do mundo que rolaria hoje, 21/12/12. 
Ahhh deram até o horário: 11:11 da manhã. Ahãm...coloca o boi pra dormir, vai.

“Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. 
Mateus 24:36-39

Esclarecida aqui a verdade sobre o gran finale e começando as brincadeiras também sobre isso, como deixar de postar a pior Michelice da minha vida?

Resolvi que era a hora de colocar uma boa pitada de risada na sua cara. Sim, na sua mesmo que está lendo o blog.
Por isso, vamos ao clássico dos clássicos de todas as piores Michelices que já aconteceram na face dessa Terra: o dia em que uma paixão surgiu por conta de uma frase mal colocada.
Calma gente, sei que lendo isso parece que não foi nada, mas essa frase teve conseqüências sérias no futuro do Litoral Norte de SP.


Eu e as amigas (as da vida inteira) alugávamos uma casinha no sertão de Boissucanga, num condomínio simples, porém onde vivemos alguns dos nossos melhores momentos.

Ohhh época boa da vida, sem muitas contas ou preocupações. Só queríamos saber de praia, praia, praia!
O condomínio tinha umas casinhas coloridas, meio Valparaiso no Chile, e uma galera muito gente boa.
Era uma alegria chegar na “casinha”.
Íamos de casa em casa para saber como tinha sido a semana da galera ou para comer um churrasquinho com os amigos ou para comprar biquínis das amigas ou para escutar uma musiquinha.
Mas não pensem que não tinha fiscalização não! O dono de tudo era o Seu Fernando.
Ele era um senhor “cobrador de impostos”, mas no caso cobrava os alugueis mesmo, afinal era o proprietário. E fazia isso sem dó, nem piedade. Só que na hora de fazer melhorias era sempre um parto. Dizia que éramos “pidonas”, que não estávamos satisfeitas com nada e ficava num mau humor absurdo.
Mesmo assim acabava fazendo tudo para “as meninas” (como nos chamava).

Agora PARALISA tudo e preste atenção nessa parte.

Já contei aqui da fase crente da minha vida, né? Só que bem nessa época estava passando por aquela coisa nova de conhecer a igreja, o linguajar, a filosofia, o objetivo, etc. 
Mergulhei nesse novo mundo e comecei a usar as gírias típicas que quem não conhece, não entende.
Ainda não tinha encontrado o equilíbrio entre as coisas maravilhosas que estava conhecendo e a vida como ela é.

Pois bem...agora volta para o que eu estava contando antes.

Um dia acordei bem cedinho e as meninas continuaram dormindo.
Fiquei na varanda contemplando o dia lindo: o sol que batia nas folhas, os passarinhos em polvorosa cantando com toda a alegria e a lesma andando no chão.
Senti o cheirinho de café vindo da outra casa e pensei na fome que estava começando a aparecer. 
Pôxa, queria um sandubinha feito no tostex. E o Seu Fernando tinha colocado um novinho na casa de todos, menos na nossa porque dizia que já tinha feito MUITO.
Brigamos bastante com ele na noite anterior, mas seu coração estava uma pedra. Chatonildo!

De repente meus pensamentos são interrompidos pelo próprio:

 - E ai, morena...acordou mais cedo hoje?
 - Ohhh Seu Fernando, bom diaaa! Sim, estou só esperando as meninas.

E ficamos lá de prosa, papo vai, papo vem e ele pergunta:

 - Mas e você, uma morena tão bonita...não namora?

E eu respondi:

 - Eu não, Seu Fernando! Estou esperando o Senhor!

Nesse momento ele ficou pálido, sem respiração e levantou com tudo:

 - Está??????? Mas porque??? Desde quando??

 - Sim, estou sim! Sabe Seu Fernando, acredito que será a melhor coisa na minha vida! Faz pouco tempo que senti isso e estou muito feliz com minha decisão. Na hora certa acontece, né?

Gente, ele emudeceu. Levantou, entrou no carro e saiu em disparada. Fiquei sem entender muito bem, mas como o achava meio doidinho, nem liguei.
As meninas levantaram e fomos para o nosso feliz dia na praia, pura alegria!


Já era noitinha quando chegamos na Casinha. E lá estava o Seu Fernando com uma caixa enorme que tinha um laço vermelho bem lindo.

 - Oh morena, trouxe esse presente aqui para você!
 - Pra mimmmm, Seu Fernandooo? Ai que emoção!!! Mas maginaaa, não precisava!

E percebi que as meninas me olhavam com uma cara estranha.
Bom, abri a caixa e era uma sanduicheira novinha
Eu falava:

 - Meninas, olheeem o que ganhamos!!! Ai Seu Fernando, muito muito muito obrigada! Tá vendo só, o senhor é bonzinho no fundo no fundo.

Foi quando uma delas me puxou de lado:

 - Oh mina, o que você falou pra ele hoje cedo?
 - Ué Lu, nada demais...conversamos sobre a vida, ele perguntou porque eu não namorava...
 - E o que você respondeu?
 - Afê Lu, respondi a real...que estou esperando no Senhor!
 - Mina, vai lá agora e explica direito. Ele acha que você está esperando por ele e não o Senhor responder sua oração do principe no cavalo branco....vai lá!

CA-RAM-BA! Que vergonha! Não é possível que ele estava pensando aquilo. Fiquei tensa, mas lá fui eu:

 - Oh Seu Fernando, querido...viu, deixa eu te falar uma coisa...
 - Fala morena, fala...
 - Então, lembra que a gente tava conversando mais cedo?
 - Lembro, lembro sim morena...
 - Então Seu Fernando, é que eu não namoro porque estou esperando o Senhor DEUS me dar um namorado...entendeu?

Gente, senti que o mundo parou naquele momento para ele.
Sem falar (novamente), ele me deu as costas, andou em passos leves e tristes, entrou cabisbaixo no carro e saiu do condomínio.

Aiiiiiiii que dó! As meninas acabaram comigo e eu fiquei desolada.
No dia seguinte ele voltou, numa dose extra de mau humor e a vida continuou como sempre foi.
Depois de pouco tempo recebemos a notícia de que ele tinha falecido.
Dizem que foi do coração....ain.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um banho no Francês!


Sabe quando você dá aqueles foras que são totalmente FORA do que poderia ter feito?? 
Pois é minha gente, vou contar o mais recente e isso só pra variar um pouco, né?



Esses dias recebemos a visita de uns franceses na agência e precisaram de uma série de informações para nos ajudar no dia a dia. 
Só que gringo é gringo e europeu é europeu, manja? 
Os caras são suuuuper certinhos...o calor gritando e eles de terno e gravata naquela postura firme que até dói.

Clarooo que já colocamos apelidos em todos, mas o que mais tinha contato conosco foi apelidado de Peter Parker...igualzinho, gente!
Ou então Mario, porque estávamos trabalhando e de repente o cara aparecia. É como se saísse do ar-condicionado ou do cano e nós ficávamos com aquela cara de ÃN?

Bom gente, ficamos em polvorosa levantando informações para a francesada. Eram conversas complexas em inglês e muita coisa para fazer. Mas é do jogo e assim levamos a semana....um corre corre a la Spider Mario.

Era sexta, eu já estava arrasada de cansaço pela semana pesada.
E era cedo, bem cedinho.
E eu tinha sede, muita sede.

Peguei água, sentei com aquela cara de quem dormiria um ano inteiro e abri meu note para começar a trabalhar.
Eis que surge ele, Peter Parker Mario.

 - Hi, how are you?
 - Ahhh hi, tudo bem? Ops...hi, i’m fine...and you?

Bom gente, resumindo ele pediu para sentar comigo e ver algumas planilhas.
Poxa Peter, vá lutar contra os malfeitores, sabe? – pensei eu, mas claro que respondi “Lógicooo, senta aqui...o que quer ver, vamos lá...”

Foi ai, que numa ação involuntária da minha mão, dei um tapão no copo d’água gigante sob minha mesa. Como se fosse uma tempestade ele e eu ficamos ensopados.
E numa ação mais involuntária ainda, minha mão quis secar locais inapropriadíssimos.
Simmmm, quase coloquei a mão onde não devia porque fiquei sem graça, implorando o perdão do moço certinho.
Ele levantou muito rápido e saiu correndo.
E eu fiquei:  “a-i m-eu De-us du céu, que fo-ra!”



Mas como todo bom europeu, era um gentleman e foi somente buscar papel para secar a bagunça toda que a desastrada aqui proporcionou.
E eu só: sorry, please...oh my God, I´m sorry!

E ele muito sério, engomado, arrumado e olhando para mim.
E eu muito desastrada, ensopada, envergonhada e olhando para ele.

E de repente ele soltou uma gargalhada que me deixou até sem graça. Vai saber o que pensou:

Brasileira tonta do caramba;
Brasileira tarada do caramba;
Brasileira louca do caramba;
Brasileiras....

Só sei que nas duas semanas restantes, o Peter me olhava e soltava uma risadinha.
Mantive-me bem longe e agora levo a sério o lema: 
“SE BEBER ÁGUA, NÃO LEVE GRINGOS PARA A SUA MESA!”

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O passarinho com cólicas.

Be Free, mas tome cuidado com quem está embaixo da árvore.
Você, leitor e/ou leitora, pessoa querida que gasta um pouco do seu tempo com o blog.
À você todo o meu amor.
À você todo o meu sorriso.
À você toda a minha amizade.
E porque já te considero meu brother, compartilho o jeito que conto os casos da minha vida para as minhas amigas e amigos.
Sim, minha gente...aqui os causos começam na hora em que levanto da cama...e é como diz a música "beijo na boca e coisa do passado, a onda agora é...(censurado)", mas o que quis dizer mesmo foi "conversar no telefone é coisa do passado, a onda agora é um whatsapp bem sarado".

Minha vida é super ativa no whatsapp, mas escrever tem me dado uma baita dor no dedão. Então, estou desenvolvendo uma técnica para continuar com essa forma de comunicação dos tempos modernos (minha gente, parei uns 50 segundos agora e fui levada ao futuro quando minha neta estiver lendo o blog e falando para meu outro neto "mano, a vó é muito véia mesmo...usava whatsapp, ainda não conseguia falar pelo pensamento").

Bom gente, voltando ao assunto. Minha técnica consiste em usar mais imagens e menos palavras. No começo achei que seria o MUST para a dor, mas ao longo do tempo percebi que não (dá zero pra ela Prof. Girafales).
É lógico que preciso de mais esforço, mas agora já era...as amigas amaram e confesso que eu também.

Apresento-lhes minha novelinha da vida moderna:






Um beijo e uma semana "dupiru" para todos!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Feel the Rain!

Eu gosto de pessoas que sorriem quando está chovendo.

Todo o dia coloco o despertador para 6h20, mas parece que o bicho toma vida e se autoprograma para às 7h ou 7h30.
E se tivesse uma câmera escondida em casa eu estava na roça, porque é a coisa mais ridícula que já se viu. 
Salto da cama e sempre dou uma trupicada no chão, ligo o Bom Dia Brasil no último volume, vou ao quarto de vestir e fecho metade da janela (para não dar show à Seu Ninguém), sento na cadeira e penso na vida...ai me dou conta que estou atrasada e salto novamente, ligo o chuveiro e quase sempre esqueço a toalha no local mais distante do mini apto. É ridículo!
Depois tem o ritual todo da beleza: cremes específicos para cada parte do corpo, escolha da roupa (coloque uns 30 minutos ai), secar o cabelo, passar perfume, preparar o café e o lanche do dia, “ahhhhhhhhhhhhh socorro to MEGA atrasasa já!”, sim todo dia ela faz tudo sempre igual!

E hoje não foi diferente. Aliás, foi um pouco, porque não tinha trânsito e confesso que fiquei animada “eba, chegarei cedo...lá lá lá, ponto para mim despertador tonto”
Sabia que tinha chovido a noite inteira, mas o céu não apresentava sinais não.
Mas é claro, é lógico, é obvio que no momento em que eu precisasse andar 1 mísero quarteirão para chegar ao trabalho, a tempestade do século cairia na minha cabeça. Ainda bem que tinha meu guarda-chuva engatilhado, mas o melhor de tudo é que bem na hora, a Ba (minha amiga do kilo mais caro de todos os tempos, lembram?) me resgatou. Entramos no carro e o diálogo ficou naquilo “Meuuu, que chuva é essa?” “Nossa, olha isso...que chuva” “Ai menina, que chuva”. 
Paramos no estacionamento e achamos melhor esperar que aquela ira toda acalmasse um pouco. Nessa mesma hora, a Ju (a outra amiga) chegou e concluímos que era hora de sair do carro.

Leso engano ou engano de lesas.

A chuva apertou e o chão virou um rio, era água que não acabava mais.
Ágil como uma gazela, consegui pular a enxurrada e chegar na calçada, mas a Ba e a Ju não. Era saia levantada, alpargata ensopada, uma baixaria!
E comecei a gritar:
“Ah gente, para de frescura...vem vem”
E elas:
“Ai, calma...péra...a gente tá indo”

Foi então que o que eu mais temia, aconteceu!
Uma pessoa, daquelas bem sem noção, passou com seu carro tonto na maior poça que existia na rua, logo a poça tomou a proporção de onda, que logo atingiu a única cidadã na calçada – eu!



Todo aquele trabalho da manhã foi por água abaixo (literalmente!).

Cabelo – encharcado!
Camisa – encharcada!
Calça – encharcada!
Meia – encharcada!
Bota – encharcada!

As meninas gritaram em slow motion: N ÃÃÃÃ ON N N!
E eu gritei: TON N N N N T O ONN!

Fiquei desolada e cheguei sem nenhuma dignidade na agência. Senti os olhares em minha direção e os pensamentos: “coitada”.


Depois de um tempo com a bundeca ainda molhada sai para o almoço. 
E qual não foi minha surpresa ao ver o lindo dia de verão lá fora?

Sim, tudo isso num único dia. As coisas boas?
 - Meu amigo Juninho preferiu meu cabelo pòs tempestê.
 - O céu ficou num azul tão puro e limpo que dava gosto de olhar.
 - E na boa, não posso reclamar, eu AMO um bom banho de chuva (mesmo nessas míseras condições).

Beijo e vai pra chuuuuva!
Algumas pessoas sentem a chuva, outras apenas se molham.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um engano inesquecível.


Ô saudade que eu estava de escrever as Michelices da minha vida. Tive um tempo de descanso e também de altas emoções, mas passou, a vida segue, anda PARA A FRENTE sem nem olhar para trás. E é nessa pegada que vou.

E lembrando dessa coisa de caminhar sem nem olhar para o lado, cavuquei um ótimo momento da vida.

Já contei que conheço os picos mais escondidos e descolados de coisinhas que TODA A MULHER quer ter na vida? Sim, estou falando de bijus, acessórios e afins por uma bagatela de poucos reais.
São aquelas coisas lindas que a “amiga” pergunta:

 - Nassammm, onde comprou amigannn?.
E você responde:
 - Meninaaa, numa loja suuuper legal e descolada, coisa gringa, sabe?

Sendo que a lodjinha fica é no centrão da nossa São Paulo querida. E vou contar um segredo, amoooo o Centro de SP. Deleto toda a sujeira e me sinto nos anos 30, quando a paulistada se revoltou contra o governo ditador de Getúlio Vargas. Ou então nos anos 40, quando os grandes prédios começaram a ser construídos. Pode ser também nos anos 60, quando os estudantes eram mais humanos e lutavam pelo futuro contra a ditadura. Ou lembro de quando era pequena nos anos 80 e meu pai nos levava num tour com direito a estórias e histórias. Puro amor!

O fato é que lá estava eu, agora jovem adulta, trabalhando no Ed. Itália, aquele do Terraço Itália, prédio lindo, imponente, poderoso e no meio do povão.
Era uma delícia trabalhar lá, sempre uma emoção louca.
Um dia desci do metrô logo cedo e alucinada de fome, vi de longe um folhado de peito de peru na Casa do Pão Queijo sorrindo e falando “vem me pegar, vem vem vem”, respondi “cê vai morrer, safado!”
O cheirinho inundou todas glândulas de fome que existiam em mim e quando estava pronta para dar o NHAC avistei um senhorzinho mendigo. Ai gente, muita dó...ele revirava os lixos em busca de comida (pensei eu).
Andei em sua direção, toquei seu ombro e falei “Oi, olha...aqui tem um folhado bem gostoso pro senhor...tó”. Sei lá o que rolou, só sei que o senhorzinho se transformou numa espécie de véio do saco folgado que gritando me chamou de tudo que era nome “Sua vagabunda do piiiiiiiii (censurado), pensa que sou um morto de fome, é? Pega esse folhado e...(deduzam).”
Até hoje tenho trauma em oferecer comida para os necessitados no meio da rua.


Bom gente, mas voltando ao foco de andar sem nem olhar para o lado....
Um dia ao sair do lindo Ed. Itália, resolvi dar um rolê para ver se descobria os achados que citei no começo.
Andei muito, choveu, não encontrei nada e resolvi caminhar por aquelas “ruas galeria” em direção ao metrô. Estava cansada, exauuuusta, com o cabelo zoado, pé doendo, estava uma coitada, judiada! Porém, ao andar percebi pela minha visão periférica que um cara me olhava fixamente. Cada vez que me aproximava, as olhadas ficavam mais intensas e o pior, ele parecia ser um GATO!
Continuei em linha reta, um pouco tensa e pensando “tomara que eu não caia, não tropece e não trupique aqui no chão”.
Depois de passar por ele e sentir o olhar intenso, não resisti e dei uma viradinha, precisava ver a cara do moço que parou para me ver passar.

Só que o moço era o Antônio Banderas.
Quer dizer, o moço era um banner.
O banner do Antonio Banderas com o perfume Seduction na mão.

Nunca fui tão iludida na minha vida! Um banner me enganou, ponto pra ele.
E eu poderia ter aprendido a lição, não é mesmo? Mas NÃO!
Esses dias, ontem, sabem quem me paquerou no Pão de Açúcar?? O Olivier Anquier...

Quer dizer, o banner do Olivier. Outra vez iludida.

Sendo assim, resolvi que caminharei sem nem olhar para trás. Mas é melhor dar uma olhadinha para o lado, só para garantir vai.







domingo, 11 de novembro de 2012

Disse que o amava, mentiu....

11 dias....há 11 dias não escrevo porque há 11 dias acontecimentos dos mais intensos vieram à tona.
Mas no meio desses 11 dias, estava eu andando pela Av. Paulista quando me deparei com lindos textos que contam pequenas cenas do cotidiano. Trata-se do projeto "Minirroteiros da Cidade" da artista Laura Guimarães no cenário urbano gráfico criado por Felipe Primat. 
Naquele dia chovia. Nem me importei. Parei, apreciei e pensei tanto que o tempo parou.













Vivemos na maior cidade da América Latina, vivemos num país gigante e cheio de diversidade, vivemos num planeta com mais de 7 bilhões de pessoas. É tudo tão enorme, gigantesco e maior do que estamos vivendo. Mas são nossos mundos particulares que ditam as regras. São as pequenas cenas das nossas vidas que constroem legados e histórias.
Todos os nossos dias são constituídos por minirroteiros, e que delícia não ser refém de uma prisão a ponto de querer viver somente coisas gigantescas.
O pequeno encontro proporciona o casamento.
O pequeno atraso salva uma vida.
O pequeno orgulho causa uma grande queda.
Pequenos momentos mudam rumos.

Inspirada pelo meu momento e por esses microrroteiros, escrevi o texto abaixo. Sei que nada tem a ver com as histórias engraçadas que estão acostumados, mas é parte da pequena cena atual da minha vida que terá seu rumo alterado de forma bem drástica...

"Disse que o amava, mentiu. Aquele que amava, morreu. O que existe, não conhece. 
Novembro amargo, o doce se foi e a luta entre a dor e a fé dá um pulo.
Mentiras à tona, caráter revelado, não quer acreditar...prefere a ilusão. 
Não quer cobrar o estrago feito, prefere seguir, prefere mudar o rumo.
Prefere abandonar o caos, abandonar o carro que a aprisiona no trânsito e andar na chuva. Já não se importa com estragos, sabe lidar com eles. Na verdade, sente-se mais forte com a tempestade que cai sobre ela.
De longe avista um abrigo, passa longe, de mentiras está cansada."




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Amar alguém só pode fazer bem.

"Pois bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança. 
Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.
E serei achado de vós, diz o Senhor...."
Jeremias 29:11-14


É muito clichê falar que os sonhos acontecem? 
Se é, não me interessa, porque adoro clichês e porque hoje estou bem brega. O amor me faz isso e ver a felicidade de gente tão querida me deixa assim...nas nuvens.
Já falei aqui que meu coração é mais molenga do que manteiga em frigideira quente, né? E essa semana estou assim...com o coração na boca.
Tudo isso porque tenho uma amiga, que não é assim só amiga, na verdade é minha irmã de alma mesmo. É o tipo de pessoa que você sabe que Deus deu um jeitinho de colocar na sua vida, sabe? 
Mas voltando ao assunto, essa amiga está na semana da realização de seu sonho. Ela foi parar em outra parte do mundo, porque ela é assim, não pertence a um lugar específico. 
Há quase 1 ano decidiu que queria partir rumo à uma nova vida. Pediu demissão, vendeu o que tinha, fez contatos e descolou um apê em NY.
Conheceu gente chata, mas conheceu gente muiiiiiiito legal. Fez trabalhos que nunca imaginou, mas se achou nisso também. 
E um dia, lá estava ela distraída com a vida...e o amor a pegou. Porque o amor ama os distraídos. 
E vou te contar que o amor dela é a cara dela! Desde as iniciais dos nomes até o perfil e o jeitinho.
E vou te contar mais, essa amiga sempre soube muito bem o que queria e o que não queria em sua vida. A fé e esperança dela a fizeram alcançar algo que sempre esteve em seu coração. 

Ela casa essa semana, sim na semana em que o louco Sandy resolve passar por NY. E mesmo assim ela consegue permanecer num estado de fé e confiança que me deixam "de cara"!!
Começo a pensar que a fofa Sandy é só mais uma forma de Deus dizer assim "pode vir furacão, tempestade, chuva ou sol...o que importa é que EU sempre estarei com vocês, filha. E que amar assim faz BEM, por isso continue nessa sua paz que poucos entendem".

Se eu não fosse tão enrolada em planejar minhas coisas, estaria com ela nesse momento. Mas tudo bem, logo estarei com o casal RC. O que importa é viver esse sonho com eles, de perto ou de longe, mas importa viver, amar, sonhar e acreditar.

Tô tão feliz!! 
Ehhh laiá, amar só pode fazer bem!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

começa com "Era uma Vez"...então é bom!

Michele temporariamente fora do ar, ou melhor, temporariamente no centro do Brasil dando uns apertos, esmagos e mordidas num gordelícia de 2 anos, vivendo a pré adolescência com 2 magrelas modelas lindas, recebendo do amor e da diversão que só uma irmã bem boba pode dar, brincando com a labradora mais safada da face da Terra, comendo os quitutes a la Gabriela, desfrutando do solão de 58 graus e vivendo, minha gente....V I V E N D O!!!!!!

Sim, Michele temporariamente vive...mas volta já para contar suas perigosas peripécias...

Beijo brasileiro do centro tupiniquim.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O sertão, a borboleta e o martelo.

Queeeeeem, quem nessa vida boa de meu Deus nunca deu um fora?? Aposto que você lendo esse post já deu váaaarios. É que tem gente que vai além da conta, né?
Como podem BEM imaginar, tenho esse sério problema e o que não falta é conteúdo de “foras” para contar aqui.


Nem sei se já comentei, mas quando alguém começa a falar uma coisa meio chata finjo que presto atenção e na verdade viajo até a Lua em pensamento. Sério gente, começo a traçar planos dos mais estratégicos na minha mente....e a pessoa lá, gastando seu português. E que sou muito educada para deixar alguém falando. Claro que às vezes dou uma desculpinha e tchau, mas na maioria das vezes, desencano e deixo a pessoa ter esse momento de felicidade.
Meus amigos dizem que sou filha de borboletas com pôneis voadores, porque vivo num mundo paralelo. Acho que sou seletiva nos assuntos dentro do meu mundo mesmo....vai saber.

Antes de casar não ficava um final de semana em São Paulo. Deixava tudo pronto na quinta à noite, daí sexta depois do trabalho cantava com as amigas: “vamos a la playa, oh oh oh”.
Minha amiga Lu PitBull (sim gente a Lu é daquelas loirinhas baixinhas que dá mais medo do que um pitbull gigante e fardado) comprou uma casinha fofa no sertão de Camburi (litoral Norte de SP), conhecido como Piavú. Só que chegar no Piavú era uma aventura. Pensa naquela estrada de terra sem acabamento, nos caiçaras bêbados que atravessam seu caminho do nada ou então no rio que transborda.....praticamente uma corrida de aventura. E nós amávaaaaamos, éramos devoradas pelos borrachudos e nem tchum!

No sábado acordávamos bem cedinho e preparávamos um café da manhã de estrelas na varanda. Nós, os passarinhos, o sol, as flores e as comidinhas.
Poxa, aquele sol na cabeça e eu só queria desfrutar o momento e me jogar na praia. Mas a Lu estava reformando a casa e ficava naquele assunto chato de pedreiro com o Severino. E o Severino, minha gente, ahhh o Severino era um personagem na região.
Sabe aquele nordestinho barrigudão que faz tuuuudo o que vc pede na maior boa vontade e querido de tudo? Então...
Ele de-tes-ta-va caseiro com má vontade, era super respeitado e cuidava da casa da Lu como ninguém, só que o cabra falava mais que a boca. E o pior, eu não entendia 1 palavra do que ele dizia. “Nhanhanahanhenehejujujucococxixix” para mim era isso que ele falava. Só que eu era suuuuuper atenciosa porque ele era muito querido.

Num desses dias, eu estava sentada tomando meu cafezinho e meio lesa de sono, ele em pé arrumando umas coisas relacionadas à reforma na casinha e a Lu no quintal. De repente:

Severino: ô Micheuli, nhanhanahamajenaanaha.
Eu: ahhhh sério Severino, que legal...nooossa!
Severino: que eu preciso chonhalucachouvaski para pegar....
Eu: é meeeeeeesmo???? Nossa, hein..que coisa.
Severino: lá na casa lá chonhalucachouvaski lá que vai....
Eu: caramba hein Severino...nossa!

A Lu que estava escutando esse diálogo entra rindo na casa, PASSADA a ferro e fala:

Minaaaaaaaa, ele tá pedindo pra você passar o martelo...pega o martelo e para de falar: aham, nossa q legal!

Sim, o Severino devia me achar meio tonta.
Falo dele no passado porque já morreu. Estranho gente forte assim morrer, né? Mas esse ícone do Piavú se foi. RIP Severa!
Outro dia conto mais sobre a praia. Tem muiiiiita coisa engraçada dessa época.

Sei que hoje é sexta, dia de se jogar no final de semana. Saberemos quem matou o Max e o que será da Carminha. E se você for para a praia e conversar com alguém, pare, olhe, preste atenção e responda com responsabilidade.

Aquele beijo.

Filhotinho de borboleta viajando para a Lua.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não tenha medo de ser inspirado!


Quem já ouviu falar que é em meio ao caos que nascem as melhores ideias?
Acho que começo a acreditar nisso, viu?! O blog mesmo é fruto do momento mais difícil da minha vida.
Quem me vê assim “toda sorrisos” nem imagina a dor que tenho sentido no momento. Mas minha natureza é fogo, ela não me deixa ficar de chororô. Fico triste sim, mas não me abato. E o mais importante, entrego meus problemas aos pés de Jesus. Ele conhece minha dor e garante: “não é fácil, sei das suas aflições, mas estou com você, viu?!”.

Mas póparádefalá de problemas e dores Micheleee, porque o propósito aqui é alegrar...é ser feliz...é divertir. Que tá osso não posso negar! Porém sei que em breve terei coisas maravilhosas para contar desse tempo chato e todo mundo aqui vai saber que Deus não falha, que Ele luta junto e que Ele é bem perfeito! Baba baby, baby baba!

Sendo assim gente, compartilho umas imagens com frases importantes que mudam nossa forma de pensar, porque se alguém ai estiver meio tristinho como eu pode se inspirar e se alegrar e pular e acreditar e viver e soltar um grito de alegria: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!


Aproveite cada momento!
 
Lembre-se, a felicidade é uma uma forma de viajar, não um destino.

No final tudo ficará bem. se não está tudo bem, ainda não é o fim.

Existe mais misericódia em Cristo do que pecado em nós.

Um relacionamento com Deus é o melhor relacionamento que você pode ter.

lembre-se sempre: ego demais vai matar o seu talento.

Os céus declaram a glória do Senhor e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Salmos 19:1.

Nunca se é velho demais para ter um novo objetivo ou sonhar um novo sonho.

Você não tem uma alma. Você é uma alma. Você tem um corpo.

Todas as grandes mudanças procedem pelo caos.